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O Tempo no Templo

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O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” - Maria Júlia Paes de Silva

 

Cada vez que a Venerável Mestre nos convida para irmos, estarmos e sentirmos o Templo, todo o meu Tempo pára.

No Templo, contemplando, mas principalmente a ouvir e a entender as palavras da VM ou dos MQI Mestres, desde a letra A, (Arquiteto) até á letra Z (Zénite), as minhas pupilas aumentam, o meu coração acelera e o meu melhor vem ao de cima.

Sinte-se uma sensação de não querer sair pela porta de entrada e de não fazer o caminho de volta…deveria ser um caminho num só sentido…estar e ficar.

Entra no Caminho. Mantêm-te firme e com coragem, e terás toda ajuda necessária, até ao fim da tua viagem”. Bunyan

Tempo “é a duração dos fatos, é o que determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas, os séculos, etc. …”. (1)

Templo (do latim templum, "local sagrado") “… é uma estrutura arquitetónica dedicada ao culto. …. Neste sentido, é o reflexo do mundo divino, a habitação de Deus sobre a terra, o lugar da Presença Real. É o resumo do macrocosmo e também a imagem do microcosmo: 'o corpo é o templo do Espírito Santo' (2) ”.

Mas o que interessa é mesmo o Templo Maçónico, que é um lugar fechado onde se realizam os trabalhos maçónicos nos diversos graus, e que tem a forma de um paralelogramo ou quadrado oblongo, estendido do Oriente ao Ocidente, quer dizer, em direção à Luz; a sua largura é de Norte ao Sul, a sua profundidade é da Superfície ao Centro da Terra e a sua altura do Zénite ao Nadir, porque a Maçonaria é, simplesmente, Universal e o Mundo é uma Loja.

O Templo Maçónico diz-nos Juan Carlos Daza, “é a matriz, é o Athanor hermético, onde renasce a vida espiritual mediante a correta utilização dos símbolos e das ciências, os quais operam como portadores de uma mensagem que nos regenera, quanto mais interiorizamos o seu significado espiritual e operam com utensílios ou ferramentas para edificar o nosso templo interior, o qual vive dentro da dialética do movimento do mundo, da sua criação e da sua destruição”.

Alguns dicionários etimológicos identificam a raiz da palavra de templum com a de tempus (tempo). Tal aproximação dá-se, provavelmente, porque ambos os termos apontam um espaço limitado, ora em relação ao céu, ora em relação à duração. Nesse sentido, em que medida os templos se devem deixar transformar com os tempos? 

No “nosso templo”, o tempo é durável, permanente e transcendente: nele o tempo não flui. Nunca saio do Templo do mesmo modo em que entrei (há mais pedra lapidada e menos pedra bruta). 

A construção do Templo Ideal vai sendo feita apesar de tudo, em todos os momentos (tempos) da vida e por todo o mundo, pelo trabalho perseverante à glória e em nome do Grande Arquiteto de Todos os Mundos, pela sabedoria, pela força e pela beleza dos seus dignos obreiros capazes de darem de si aos outros. 

Diria que no templo, não há tempo.

É sem dúvida um tempo e um amor atemporal. Pois quando se está no templo, sentimos uma ligação e um amor absoluto, geralmente infinito, não se enquadrando nas limitações do tempo 

Disse.

JM∴

R∴Loja’.Nur∴, a operar a Oriente de Castelo Branco

 

Para mais informações: loja.nur.003@grandelojasimbolicalusitania.pt 

 

 

(1) - https://www.significados.com.br/ tempo/

(2) - I, Coríntios, 6, 19