Em Maçonaria diz-se que tudo é símbolo, ou seja, que tudo é percebido de forma simbólica, para lá do que cada objecto representa. Não é apenas uma linguagem metafórica reconhecida por membros de um determinado grupo muito menos uma linguagem fossilizada, dogmática ou estagnada. O símbolo abre as portas da percepção individual e enfatiza o conhecimento num entrelaçado de ideias, imaginação e razão.
A palavra grega symbolon significa uma peça partida em duas partes cuja finalidade são o reconhecimento e a união, ou seja, o símbolo une o que está disperso. São duas metades de uma mesma realidade que se têm de unir de novo conferindo-lhes um sentido próprio, tornando a sua mensagem cada vez mais nítida, cada vez mais pura, sem interferências exteriores nem ruídos.
Em Maçonaria, os símbolos manifestam-se de fora para dentro de cada um de nós, o seu sentido vai crescendo gradualmente à medida que vamos progredindo na aprendizagem ascendente de cada grau traduzindo-se numa linguagem puramente intelectual ou emocional ou, até, numa linguagem transcendente tantas vezes inefável.
É um caminho de descobrimento e de conhecimento, uma ferramenta que o maçom tem à sua disposição para trabalhar o seu ser em busca da verdade.
De nada nos servem os dicionários de símbolos se não percebermos a sua mensagem, se não convivermos com eles como se fossem espelhos da nossa própria realidade. Neste contexto, tudo significa algo mais do que apenas aparenta. Existe uma colossal sabedoria acumulada em cada símbolo.
Sem os símbolos o maçom não trilharia a sua senda na procura incessante e contínua pela unidade, nem compreenderia o seu propósito. Viveria numa consciência abstracta, caótica, impulsionado pelos vícios que deve a todo o custo combater.
Tiremos partido dos conhecimentos que nos são transmitidos para que possamos vivenciar intensamente cada momento da nossa transformação interior e apercebamo-nos do nosso verdadeiro Ser em perfeita harmonia com o que nos rodeia. Sejamos como os antigos que observavam os símbolos com o coração de forma que estes se dessem a conhecer.