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Maçonaria Mista Portuguesa envia 50 portáteis para a Ucrânia

Ajuda portuguesa para a Ucrânia com a oferta de 50 computadores portáteis para as crianças ucranianas que se encontram perto da zona de guerra na região de Kharkiv, sem a possibilidade de ir à escola nesta fase de grande dificuldade para a Ucrânia.

Esta ajuda portuguesa foi realizada através da Associação paramaçónica Romã Azul ligada à Grande Loja Simbólica da Lusitânia – Maçonaria Mista Portuguesa, com profundas ligações institucionais com o Grande Oriente de França que é a maior Obediência Maçónica do mundo da Maçonaria Liberal.

A R.'.L.'. Fernando Pessoa homenageia e celebra o aniversário de Fernando Pessoa

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Há 133 anos, a 13 de Junho de 1888, nascia o mais universal poeta português: Fernando Pessoa.

A RespLoj Fernando Pessoa, celebrou esta data e contempla o seu "Aniversário", um poema daquele que é considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa. Fernando Pessoa foi um profundo estudioso dos temas esotéricos, assim como dos temas maçónicos, sendo conhecido o seu “Manifesto” na defesa da Maçonaria. A Resp∴ Loj∴ Fernando Pessoa homenageia o poeta abrindo as suas portas a todas as Mulheres e Homens que buscam o seu aperfeiçoamento espiritual e partilham dos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, pretendendo desenvolver e aprofundar o Rito Escocês Antigo e Aceite na Maçonaria Mista.

Para questões ou contactos: lojafernandopessoa.glsl@memphismisraim.pt

 

ANIVERSÁRIO

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, 

Eu era feliz e ninguém estava morto. 

Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, 

E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. 

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, 

Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, 

De ser inteligente para entre a família, 

E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. 

Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. 

Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,

O que fui de coração e parentesco,

O que fui de serões de meia-província,

O que fui de amarem-me e eu ser menino. 

O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... 

A que distância!... 

(Nem o acho...) 

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa, 

Pondo grelado nas paredes...

O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), 

O que eu sou hoje é terem vendido a casa.

É terem morrido todos,

É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... 

Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!

Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, 

Por uma viagem metafísica e carnal,

Com uma dualidade de eu para mim...

Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... 

A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,

O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado —,

As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!

Não penses! Deixa o pensar na cabeça!

Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!

Hoje já não faço anos.

Duro.

Somam-se-me dias.

Serei velho quando o for.

Mais nada.

Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...