Sem luz não há cor, há apenas um espaço vazio, um deserto, Preto.
E, quando todas as cores preenchem o espectro de luz, surge a ausência da cor, nasce a clareza, o Branco.
O preto e o branco, o claro e o escuro... Os tempos foram, desde sempre, marcados pela luz e a escuridão.
Houve um tempo em que Rá, Deus do Sol, navegava os céus com o seu barco, desde o amanhecer até ao manto da noite o engolir nas trevas para combater Apophis - a Serpente do Caos. Há quem diga, desde então, que o caos adormece a cada amanhecer para voltar a despertar a cada anoitecer.
Na maçonaria, este jogo de luzes ganha, novamente, vida através das tonalidades Preto e Branco como um ponto de partida para uma viagem de reflexão sobre a essência dual da vida (...), entre o bem e o mal, a sabedoria e a ignorância, os deveres e as paixões, o amor e o ódio...
Nesta jornada de contrastes, o maçom é convidado a desafiar a ausência da cor, ou seja, na sua condição mais humana de matéria densa e absorver o conhecimento.
Durante o processo deparar-se-á com a multiplicidade e a complementaridade das cores que o levarão, por vezes a perder-se no seu deserto interior, só para depois se encontrar numa evolução moral e intelectual assente nos ideais da fraternidade, igualdade e liberdade.
R:. L:. Osíris