
A Grande Loja Simbólica da Lusitânia cujo o rito fundador é o Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm assenta na Maçonaria Egípcia e caracteriza-se por ser: Deísta, Esotérica, Iniciática, Simbólica e Tradicionalista.
Deísta – Conforme a aceção da palavra, a Ordem de Memphis-Misraïm não alude a uma divindade. Ela opera “À Glória do Grande Arquiteto de Todos os Mundos” e acredita que a fé faz progredir o Homem e, consequentemente, admite a existência de uma inteligência superior que atua no Universo.
O Maçon é livre de ter as suas crenças e opiniões, mas não as pode impor aos outros nem ter atitudes fundamentalistas ou intolerantes.
Egípcia - O ritual que praticamos tem origem em alguns dos antigos mistérios egípcios celebrados nos Templos de Memphis e, posteriormente, recuperados no Líbano pela Maçonaria "Drusa" e reencontrados por Gérard de Nerval.
Assim, os Maçons que auxiliaram Bonaparte durante a sua missão no Egipto rejeitaram a autoridade Maçónica da Grande Loja Unida de Inglaterra e iniciaram a prática deste rito.
Esotérica - A palavra “esotérico” designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas que procuram desvendar o sentido oculto que só pode ser revelado a um iniciado. Nas Constituições do Rito de Memphis-Misraïm, lê-se “Tem dois ouvidos para ouvir o mesmo som, dois olhos para ver a mesma imagem, duas mãos para realizar o mesmo ato.” Acreditamos que “A ciência é maçónica porque é exotérica e esotérica” porque é ação (Exotérica) e meditação (Esotérica).
Iniciática e Simbólica - A origem da Maçonaria Operativa perde-se no tempo e dela faziam parte os artesãos, os antigos construtores das pirâmides, das catedrais Judaicas, Romanas e Medievais.
A Maçonaria atual denominada Especulativa teve a sua origem nessa sociedade iniciática. Adota uma linguagem simbólica, onde os utensílios atribuídos aos Aprendizes, Companheiros e Mestres possibilitavam transformar a pedra bruta (profano) em pedra talhada e, deste modo, posicionarem-se no Templo Universal.
A instrução iniciática baseia-se na vontade e no esforço de se construir a si próprio, de talhar, de aperfeiçoar a sua própria pedra.
A simbologia, código universal, permite ultrapassar qualquer obstáculo linguístico e oferece uma filosofia que favorece o livre pensamento.
Tradicionalista – Temos a honra de preservar e aperfeiçoar o nosso forte compromisso com a "Tradição Maçónica".
Os valores fundamentais das civilizações do passado e do futuro estão descritos na “Charte Immuable”. Esta Carta valoriza a Tradição Maçónica baseada no respeito pelos direitos e pela dignidade do ser humano, no espírito de independência e na integridade física.
A rejeição desses valores que traçam a nossa ética é sinal de regressão, valoramos e protegemos o crescimento científico ou tecnológico. Atualmente é atribuído um sentido erróneo à palavra “Tradição”. A aceção que utilizamos para o termo “Tradição” não é revestido de rigidez, de conservadorismo ou de “fundamentalismo”, estas noções estão, para nós, completamente desatualizadas.
O progresso permitiu à palavra Tradição deixar de ser vista como um sinónimo de conservadorismo e possibilitou a inserção de um outro sentido, o da transmissão de conhecimentos. Afastar-nos da Tradição é fragmentar não só sabedoria ancestral como também os princípios universais da consciência humana, simbólica e iniciática.
O Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim identifica o Sublime Arquiteto de Todos os Mundos como "Princípio Superior que poderá ser evocado sob diversos nomes".